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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Mote do encontro 09/12

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texto lido por Fernando Sousa Andrade Dez centímetros acima do chão   Não fale com fantasma Entre oito da manhã e dez da noite a porta de vidro fica liberada para entradas e saídas. O movimento é incompatível com a localização, uma esquina mansa do centro da cidade, e incompatível também com o espaço interno, um salão estreito e pouco profundo. Um café incompatível, é isso encaixado entre dois espigões numa fenda mínima, mínima. E se eu disser que a porta range serei pouco preciso: o rangido fará de você, entrante, o centro das atenções. Ninguém chega sorrateiro ao Tulipa Dourada, birosca mais antiga da região, ponto reverenciado por artistas sem palco e sem banda, e ainda hoje é assim, refúgio cultuado por velhotes sem ocupação e por turistas bem informados, que ficam extasiados com a atmosfera despencada do estabelecimento. Bacana visitar o Tulipa, bem bacana, você precisa aparecer por lá. É só descer daqui a duas estações e me seguir, ou perguntar para qualquer um