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Mostrando postagens de outubro, 2015

Pós-Clube (27/ 10/ 15)

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Guido Brasil, Rodrigo Vrech, MC Cláudio PS, autor convidado Bolívar Torres e Gustavo. Fotos por Luiz Alberto Benevides

Rodada (10/ 11/ 15)

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Motes (primeira rodada)             Escritor convidado Bolívar Torres fala de seu novo livro, "Não muito".                                              Contos (segunda rodada)                 Fotos por Luiz Alberto Benevides

Cem anos de solidão - Gabriel Gárcia Marquéz

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Cem anos de solidão Recomendação de leitura por Claudio PS Numa noite de dezembro de 2013 fui presenteado com um exemplar. Muitas vezes fugi do livro, temendo me apaixonar e viver o luto do término da leitura, leitura essa que previ ser difícil por que as sequencias de aparecimentos de novos personagens me confundiam, desde os primeiros capítulos. Uma amiga falou de uma genealogia disponível na Internet. Recusei silenciosamente. Milhões de leitores não a usaram, por que eu usaria? Não era presunção, mas eu queria testar a mim mesmo, passar pelo batismo de fogo. Enquanto dirigia numa estrada mexicana, foi que Gabriel Gárcia Marquéz, vislumbrou a frase de abertura de “Cem anos de solidão”: “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”. Cien años de Soledad, mil novecentos e sessenta e sete. América Latina envolta em anos de chumbo. Era difícil son

O estranho - Walter Macedo Filho

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O estranho Tem gente que diz que eu sou um cara simplório. Esse pessoal acha que, na minha cabeça, só passam coisas do tipo “bom e mau”, “belo e feio”, “útil e inútil”, “rentável e não-rentável”. Não é bem assim. Na minha cabeça não existe tanta confusão. As coisas comigo são mais extremas. Estão divididas entre amigos e inimigos. Dou um exemplo: esse homem que apareceu na redondeza, faz pouco tempo; ele abriu um negócio aqui perto e eu não vejo problema. No fundo, o fato dele chegar por aqui está sendo vantajoso para mim. Já fiz bons negócios com o sujeito. Mas é meu inimigo. Meu inimigo não precisa ser moralmente mau ou esteticamente feio. Isso não. Seria preconceito da minha parte. O que pega mesmo é o fato dele ser o “outro”, o “desconhecido”. É por isso que eu acreditei que haveria conflito entre nós. Comentei minha percepção com um vizinho. Ele disse que poderia me ajudar, pois se considera uma pessoa   “imparcial”. Tive que explicar, com cuidado, que não dava para a

Alfa - Marco Antonio Martire

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Alfa Assumir a relação era para ela um problema. Acreditava em morar livre e só nesta parte do mundo, compartilhando a rotina com um cachorro parceiro e amigo. Morava por aqui longe dos pais e do irmão. Tinha família grande, tios e tias e primos, moravam longe também. Cuidava de um carro novo, usava para trabalhar, só para o trabalho, gostava de ônibus e metrô.                               Passeava com o cachorro quando conheceu o Vitor. Conversou com o rapaz primeiro por quinze minutos, na calçada do meio de semana, o tráfego muito intenso, som de tráfego e canto de cigarras. Não resistiu, ele pediu e ela aceitou sua amizade no facebook. Conversaram muito online, à tarde e à noite e pela manhã. Descobriram preferências de um e outro devagar, havia um clima de romance no ar, mas ela foi levando com calma. Havia livros e séries de tevê, havia celulares e tablets, havia os amigos da vida e da internet. Vitor era sem dúvida seu amigo da internet. Os dois brincavam muito p